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Tudo sobre a história do continente Africano, seus aspectos gerais e curiosidades.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ÁFRICA - ORIGEM HISTÓRICA


   

     A situação do continente africano nos dias atuais se deve aos  acontecimentos passados, que têm suas conseqüências sendo repercutidas até hoje.
Bandeira da África do Sul
A origem da situação da África remonta a época da colonização européia, do século XVI ao XX, que marcou o continente com guerras civis e conflitos étnicos e religiosos. As potências coloniais exploraram as riquezas naturais e escravizaram milhares de pessoas. Ao definir  a partilha do território entre as potências européias, a Conferência de Berlim (1884-1885) criou fronteiras artificiais, sem levar em conta os territórios das tribos e das etnias nativas.
      O processo de descolonização, na segunda metade do século XX, libertou politicamente as nações (são hoje 53 países). Mas não houve desenvolvimento econômico após a emancipação capaz de elevar o padrão de vida. A economia ainda se baseia na exportação de produtos agrícolas e minerais, como ouro, diamante e petróleo. Para piorar, a participação da África no comércio mundial vem caindo.



 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CURIOSIDADES SOBRE A ÁFRICA DO SUL

  • A África do Sul é cheia de encantos, devido aos destaques culturais.70% da população da África do Sul é negra. Os brancos representam 12%. Os outros 18% são indianos, asiáticos e outras etnias.
  • Na África, a direção do carro é contrária. A direção é pela direita.
  • O clima e a geografia favoráveis da África do Sul fazem dos esportes (inclusive os radicais) uma atração para o ano inteiro. Futebol e rúgbi são as paixões nacionais.
  • A África do Sul possui uma variada herança arquitetônica, para a qual contribuíram todos os grupos culturais da história do país.

  • A África do Sul tem três capitais: Pretória é a administrativa, onde fica o presidente; Cidade do Cabo, a capital legislativa; e Bloemfontein, a capital judiciária.
  • A Cidade do Cabo encanta viajantes com suas belas praias e museus conservados com todo o cuidado.
 - Cidade do Cabo


 Visto para a África do Sul: para os brasileiros que pretendem viajar para a África do Sul e ficarem por lá menos de 90 dias, não precisam de visto.
  • A moeda usada na África do Sul é Rand.
  • Para entrar na África do Sul é necessário apresentar o certificado de vacinação contra a febre amarela.
  • Se você está ou vai para a África do Sul e pretende pedir uma pizza para entregar em casa, poderá se estressar, pois lá o sistema delivery (entrega em casa) é um pouco precário.
  • A África do Sul é dona das mais conceituadas safras de vinho.
  • Na África do Sul é difícil encontrar lavanderias.
  • As mulheres carregam seus filhos nas costas.
  • A África do Sul apresenta inúmeros parques nacionais e reservas particulares dedicados à preservação da vida selvagem e seu meio ambiente.
  • Quem pretende viajar para a África do Sul deve saber que lá as tomadas não carregam celular, quem vai viajar deve levar um adaptador.
  • É muito importante saber que na África do Sul é difícil encontrar táxis e ônibus. Para quem vai passar um tempo lá, tem que alugar um carro ou usar vans que por sinal estão sempre lotadas.
  • Quem faz os trabalhos pesados (trabalhar na roça, carregar coisas na cabeça, etc) geralmente são as mulheres. Os homens também fazem, mas menos que as mulheres.
  • Na África do Sul a temperatura das águas é insuportável de tão gelada. Porém existe as águas com temperaturas agradáveis que são as águas das praias banhadas pelo oceano índico.
  • Este é o país da diversidade que fala em onze idiomas, mas o inglês é suficiente para a comunicação. Isso se você não acabar falando em português mesmo, devido ao crescimento de imigrantes vindos da Angola,Cabo Verde e Moçambique.

Na Mostra, um bom filme sobre a África

Un Homme Qui Crie (Um Homem que Grita), de Mahamat-Saleh Haroun, mostra bem o modo muito particular como a África trata de família, paz e guerra.
É um dos filmes programados para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa amanhã. O filme é uma produção belga ambientada no Chade (pais da África Central). Confira horários e salas aqui: http://br.mostra.org/movie/221
A obra mostra a vida de Adam, um ex-campeão de natação que vive de limpar a piscina de um hotel cinco estrelas em Ndjamena, a capital. O serviço é algo humilhante para alguém que já foi um ídolo do esporte: ensinar crianças loirinhas a dar braçadas.
Maltratado pela chefe chinesa (outra boa imagem sobre o atual Estado das coisas na África), ele acaba perdendo o posto de zelador da piscina para o filho de 20 anos, até então seu assistente.
Tudo acontece durante um intervalo de relativa calma da interminável guerra civil do país, que vai e volta há 40 anos. O Chade no momento é governador (por assim dizer...) pelo ditador Idriss Deby, que enfrenta rebeldes baseados no Sudão e República Centro-Africana.
A guerra é o pano de fundo da relação de pai e filho. A disputa pelo posto de piscineiro do hotel é árdua, já que o emprego é cobiçado num país com poucas oportunidades de trabalho. Isso distancia pai e filho e leva à fragmentação de uma família antes coesa.
Logo, no entanto, os combates se reacendem, e o jovem é forçado a se juntar às fileiras do governo. É a guerra que vai oferecer a oportunidade para a reaproximação familiar.
Como retrata o filme, no turbulento continente, até relações entre pai e filho têm de obedecer ao interminável ciclo da violência.  
Mais não conto para não estragar. O cinema africano de língua francesa é o melhor do continente, Chade e Burkina Faso à frente. Tem filmes densos e nem sempre chatos.
Oferecem um contraponto interessante a Nollywood, o cinema de ação barata produzido aos montes na Nigéria (e extremamente popular).
Fonte: http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/

Culinária Africana

Se alguma vez existiu uma culinária africana, no sentido de típica de todo o continente – o que é pouco provável, devido às suas enormes dimensões, tanto geográficas como humanas – essa culinária perdeu-se ao longo da história. Os africanos, como os povos dos restantes continentes, receberam “frutos” de todo o mundo, que incorporaram na sua dieta, assim como as próprias técnicas culinárias.
Se quisermos encontrar algum fator comum na alimentação dos africanos, temos primeiro que dividir o continente em duas regiões:
Ao contrário do norte de África, onde a base da alimentação é uma espécie de pão, na África subsaariana tradicionalmente é uma massa cozida em água que acompanha – ou é acompanhada – por diferentes guisados e grelhados. No entanto, o arroz e a batata aclimataram-se bem em várias regiões de África e atualmente pode dizer-se que metade das refeições têm estes vegetais como fonte de energia.
Na África austral e oriental, principalmente junto à costa, é o milho, moído em grandes pilões ou nas modernas moagens, que serve para fazer o substrato da culinária africana. Nas regiões mais afastadas da costa, é o sorgo o cereal indígena que cumpre este papel, enquanto que na África ocidental o fufu é feito com os tubérculos do inhame e doutras plantas típicas dessas paragens. A mandioca, outro visitante de outras paragens que se radicou em África, é igualmente uma das fontes de energia utilizada nas regiões mais secas.
Então uma refeição “tipicamente africana” – normalmente consumida ao fim da tarde, depois do dia de trabalho – é formada por um grande prato de arroz ou massa de um dos vegetais mencionados acima, que é normalmente dividido criteriosamente pelos membros do agregado familiar, e uma panela com um guisado ou uma salada que acompanha um peixe ou naco de carne grelhada. Em relação a este “caril” (como se chama ao acompanhamento mais ou menos proteico da refeição em Moçambique), a divisão já tem regras mais rígidas, relacionadas com a divisão de trabalho na sociedade tradicional: o chefe da família tem direito ao melhor bocado, a seguir os restantes adultos e as crianças ficam praticamente com os restos, uma vez que durante as suas brincadeiras elas sempre vão comendo frutos ou mesmo um passarito que lhes apareça à frente.
Isto refere-se evidentemente às famílias que vivem nas zonas rurais – nas cidades, apesar da maior disponibilidade e variedade de alimentos, só uma pequena parte da população tem acesso a uma alimentação melhor que no campo. A maior diferença entre a refeição do africano rural e do pobre das cidades é o conjunto dos utensílios usados para cozinhar e servir os alimentos e do combustível utilizado; e, mesmo assim, as famílias rurais que têm ou tiveram um dos seus membros a trabalhar num país diferente por contrato, têm normalmente louça de cozinha e de mesa própria das cidades.
O “caril” típico em África é um guisado de vegetais, por vezes reforçado com uma pequena quantidade de peixe ou carne seca mas, na maior parte das vezes, a proteína é essencialmente vegetal. É comum em várias regiões – embora não seja um continuum – usar amendoim pilado como base do caril; o feijão, de que existe um grande número de variedades locais, é também uma importante fonte de proteínas. Naturalmente que as famílias de pescadores e, em geral, as pessoas que vivem junto à costa têm uma maior proporção deste tipo de proteína nas suas dietas mas, pelo contrário, os agricultores, que normalmente possuem também animais domésticos, não usam com tanta frequência a sua carne na alimentação diária. A carne, mesmo de galinha, é muitas vezes a “proteína do domingo” ou de celebrações especiais (casamentos, culto dos mortos, etc.)
Esta descrição pode dar a entender que a culinária africana é pobre ou monótona, mas isso não é verdade – o que se pretendeu foi alinhar alguns traços comuns da dieta dos africanos, que não se pode considerar pouco nutritiva nem insípida. Para além dos frutos da terra que dão, por exemplo, o azeite de dendé, os africanos adoptaram e cultivam mesmo um grande número de especiarias provenientes do resto do mundo – a ilha de Zanzibar, na Tanzania, foi durante algum tempo o maior produtor mundial de cravo da Índia, aparentemente originário da Indonésia. A África, em geral, adoptou igualmente as receitas culinárias dos povos que a visitaram ou que ali se radicaram e um bom exemplo desta mestiçagem alimentar é a feijoada à moda do Ibo.
Uma fruta muito conhecida na África meridional é a marula, uma variedade de noz comum na região. Abuceteira(ou árvore da marula) é uma árvore de tamanho mediano originária das savanas e encontrada na África do Sul e da região da África oriental. Caracteriza-se por um tronco único cinzento e copa de folhas verdes, podendo atingir 18 metros de altura em baixas altitudes e pradarias abertas, típicas da savana. O licor de amarula produzido a partir da fruta é uma bebida africana exportada e comercializada em várias partes do mundo.
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Músicas Africanas

A música da África é tão vasta e variada como as muitas regiões, nações e grupos étnicos do continente. Embora não haja distintamente música pan-africana, não são comuns formas de expressões musicais, especialmente no interior das regiões.
Segundo o etno musicólogo Alan P. Merriam (1923 - 1980) a música do Norte de África e partes da região do Saara, têm uma ligação à música européia e oriental mais que da metade da África sub-saariana que de certa forma deu inicio influenciando e sendo influenciada por variados estilos musicas tais como samba, blues, jazz, reggae e rap inspirados nas tradições africanas dos escravos transferidos a diferentes pontos do mundo em relações comerciais, com retorno de escravos livres e comerciantes.
Ainda segundo esse autor do livro The Anthropology of Music entre outros sobre o tema a música deve ser estudada em três níveis de análise: conceituação sobre música, comportamento em relação à música e som de música ou a música propriamente dita.
Udu, um dos instrumentos característicos da música igbo.
Xavier Vatin [1] estudou nações de candomblé na Bahia (descendentes de distintas nações e grupos étnicos africanos) quanto ao seu patrimônio musical específico. Reuniu dados históricos, etnográficos, lingüísticos e confrontando-os no respeito da pertinência relativa a sua origem, interpenetrações de civilizações e revelou a existência de constantes e divergências, bem como de um número considerável de empréstimos e influências recíprocas tanto no plano etnográfico como estritamente musical. Sinteticamente falando encontrou 20 toques: 8 são originários da nação Ketu; 7 originários da nação Jêje; 4 da nação Angola e um total de 15 empréstimos recíprocos. Analise similar tem sido feita nos grandes grupos etno-linguísticos africanos bem como da música popular da África correlacionando estas com a denominada música negra ao redor do mundo.

A África é um grande continente e as suas regiões e nações possuem distintas tradições musicais. É relevante, a música do norte da África  tem uma história diferente da musica da África Sub-saariana [2]
  • Norte de África é a sede da cultura mediterrânica que construiu o Egito e Cartago, antes de ser governado sucessivamente por gregos, romanos e godos e, de tornar-se, em seguida, o ocidente (Magrebe) do mundo árabe. Como os gêneros musicais do Vale do Nilo e do Nordeste africano , a sua música tem laços estreitos com música do Oriente Médio.
  • África Oriental Madagascar e ilhas do Oceano Índico áreas ligeiramente influenciadas pela música árabe e também pela música da Índia, da Indonésia e da Polinésia. No entanto, nas populações indígenas as tradições musicais são principalmente em sua maioria típica da áfrica sub-saariana de línguas nigero-congolesas.
  • África do Sul, Central e Ocidental caracterizam-se também na ampla tradição musical subsaariana, mas também possuem influências vindas da Europa Ocidental e América do Norte. A música e as formas de dança da diáspora Africano, incluindo a música afro-americana e muitos gêneros caribenhos como soca, calipso (gêneros afro-caribenhos), zouk (musica antilhana) e gêneros musicais latino-americanos como a salsa, rumba, e outros derivados do clave-ritmo (cubano), se originaram com diversos graus de variação na música dos escravos africanos, que por sua vez influenciou a música popular africana.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_da_%C3%81frica

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Religiões Tradicionais Africanas

O termo religiões tradicionais africanas englobam toda uma variedade de manifestações culturais, religiosas, espirituais e indígenas em todo continente Africano, existe uma enorme variedade de religiões que se encaixam nessa categoria.

A maioria das religiões africanas, na maior parte de sua existência, foram transmitidas e praticadas oralmente e espiritualmente, ao contrário da forma escrita, como por exemplo, as Religiões Abraâmicas.
Porém antes é necessário reconhecer, a região da Africa que iremos abordar. Podemos dividir a Africa da seguinte maneira.
1)            África do norte: desde o Atlântico e Mediterrâneo até o Saara, incluindo o Egito e a Etiópia. Esta região é dominada pelo Islamismo e pelo Cristianismo.
2)            África centro-sul: desde a Rep. Dos Camarões, Quênia..., até o extremo sul. Esta parte da África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é dominada pelas religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem que praticam o cristianismo, o islamismo e até o hinduísmo. Essa será a Africa abordada.
As religiões tradicionais africanas distinguem 2 aspectos da realidade, o que é material, e o que é espiritual. Esses dois aspectos são essenciais entre si, nada do mundo material é tão físico que não tenha nada de espiritual nele. Logo isso conduziu às crenças de que nos rios, nas árvores, nos raios, nas montanhas e até no Sol e Lua há espíritos.
Alguns dos principais rituais religiosos e liturgias das religiões tradicionais africanas são:
1)                       Individualidade: Cada divindade tem seus rituais e sacrifícios, uma hora do dia da semana/mês/ ano para se fazer o sacrifício ou costumes específicos.
2)                       Mecenato: Algumas divindades de algumas religiões podem ser mecenas de alguma atividade especifica, como viajantes.
3)                       Libação: Homenagem dada às divindades ao se derramar vinho ou sangue.
4)                       Magia, Feitiçaria, Bruxaria: Importantes relações entre o mundo físico e o espiritual, é dito que o xamã é capaz de manipular as relações entre esses dois mundos, tanto para beneficio ou maleficio.
5)                       Possessão: É dito que os espíritos e divindades possuem os xamãs durante rituais especiais. É normalmente induzido através de instrumentos de percussão e danças.
É importante notar que as religiões africanas não diferenciam tanto das demais religiões antigas, sendo porém, ainda conservada no mundo moderno.

Fonte:http://en.wikipedia.org/wiki/African_traditional_religion

Cultura africana

A cultura da África reflete a sua antiga história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios. África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia e Quênia) têm cerca de cinco milhões de anos. O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo, Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas.
O continente africano cobre uma área de 30 221 532 de quilômetros quadrados, um quinto da área terrestre da Terra, e possui mais de 50 países. Suas características geográficas são diversas e variam de tropical úmido ou floresta tropical, com chuvas de 250 a 380 centímetros a desertos. O monte Kilimanjaro (5895 metros de altitude) permanece coberto de neve durante todo o ano enquanto o Saara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possui uma vegetação diversa, variando de savana, arbustos de deserto e uma variedade de vegetação crescente nas montanhas bem como nas florestas tropicais e tropófilas.
Como a natureza, os atuais 922 011 000 habitantes da África evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de diferentes línguas, praticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de atividades econômicas.
Ao tentar falar da cultura e dos rituais africanos, começamos a falar do seu mais divergente elemento: os tambores, e falar deles é uma tarefa difícil. Os tambores não são apenas tal como os vemos, têm em si conotações naturais e sobre naturais. Estão ligados aos rituais que se relacionam às danças, à música e à literatura.
Os escravos nas américas impuseram seus ritmos e instrumentos, só que alguns destes escravos já eram islâmicos. Fato que confunde os estudiosos ao se aprofundarem na cultura musical africana.
Apesar de tantos serem os ritmos musicais que caracterizam a África Negra e mesmo sendo expressiva sua cultura musical nas mais diversas nações das américas e nas ex-metrópoles, escassa é a bibliografia para abordar este elemento antropológico.
A civilização negra-africana procede de uma visão unitária do mundo. Nenhum domínio é autônomo. O mesmo espírito anima e liga a filosofia, a religião, a sociedade e a arte negra-africana. As artes na África Negra estão interligadas: o poema à música, a música à dança.
 
Grande parte das culturas africanas tradicionais foram empobrecidas como resultado de anos de negligência e supressão dos regimes coloniais. Existe agora um renascimento nas tentativas de redescobertas e valorização das culturas africanas tradicionais. Entretanto, em anos recentes, a cultura africana tradicional muitas vezes tem sido relacionada com a pobreza rural e agricultura de subsistência
Cultura africana urbana
A cultura africana urbana moderna é associada a valores ocidentais, em grande contraste com a cultura africana urbana tradicional que era rica e invejada. Durante a idade média cidade africanas eram afluentes, cheias de universidades, bibliotecas e templos.
Artes na cultura africana
A cultura africana tem uma rica tradição artística representada por uma variedade de entalhos em madeira, trabalhos em bronze e couro. As artes africanas incluem esculturas, pinturas, cerâmica, máscaras cerimoniais e vestimentas religiosas. A cultura africana sempre deu ênfase na aparência das pessoas, e as jóias, colares, braceletes e anéis permaneceram como um acessório pessoal importante. De maneira similar, máscaras são feitas com desenhos elaborados e constituem parte importante da cultura africana. Máscaras são usadas em uma variedade de cerimônias e rituais.
Na maioria da arte tradicional da cultura africana certos temas são recorrentes, como um casal, mulher com criança, homem com arma ou animal, e um forasteiro. O casal raramente exibe intimidades e pode representar ancestrais e fundadores da comunidade. A mulher com a criança retrata o desejo intenso das africanas terem filhos. O tema também pode representar a Mãe Terra e as pessoas como sua criança. O homem com arma ou animal simboliza honra e poder. O forasteiro pode ser alguém de outra tribo ou outro país, sendo que quanto mais distorcido ele for maior tenderá a ser suas diferenças com a cultura que o retratou.
Idiomas na cultura africana
Pela maioria das estimativas, a África contém mais de 1.000 idiomas, a maioria de origem africana e alguns de origem européia. Existem quatro principais família lingüísticas na África:
* Os idiomas afro-asiáticos são uma família de em torno de 240 línguas e 280 milhões de africanos.
* A família lingüística nilo-saariana consistem em mais de 100 idiomas falados por em torno de 30 milhões de pessoas principalmente no Chade, Etiópia, Quênia, Sudão, Uganda e Tanzânia.
* A família lingüística niger-congo cobre a maior parte da África subsaariana e é provavelmente a maior do mundo em termo de número de idiomas.
* As línguas khoisan compreendem em torno de 15 e são faladas por aproximadamente 120 mil pessoas no sudoeste da África.

Após o colonialismo europeu quase todos os países africanos adotaram idiomas oficiais de fora do continente, embora vários hoje em dia também usem línguas de origem nativa.
Lendas e folclores na cultura africana
As lendas e folclores representam a variedade de facetas sociais da cultura africana. Como em quase todas as civilizações e culturas, mitos de inundação circulam em diferentes partes da África. Por exemplo, de acordo com um mito pigmeu, Chameleon escutou um barulho estranho em uma árvore, cortou seu tronco e então de dentro dela saiu água em uma grande inundação que se espalhou por todo o mundo. O primeiro casal humano emergiu com a água.
Música na cultura africana
A cultura musical africana tem grande importância mundial. Ritmos originários da África subsaariana, em particular no Oeste da África, foram transmitidos através do tráfego de escravos pelo Atlântico e resultaram em estilos musicais como o samba, blues, jazz, reggae, rap, e rock e roll. 

Vida selvagem na África

A África é bem conhecida pela sua vida selvagem nas savanas e florestas equatoriais. Existem cerca de 45 espécies de primatas, incluindo os chimpanzés e gorilas. São mais de 60 espécies de predadores carnívoros. Esses animais são vitais para a manutenção do equilíbrio ecológico das áreas em que habitam. Muitas espécies de herbívoros, aves, peixes, répteis e vários outros animais compõem o rico ecossistema africano.
     A partir dos anos 1940 o homem fez reduzir consideravelmente a população de animais na África, de forma direta ou indireta. Isso fez com que muitas espécies entrassem em processo de extinção. Nos últimos anos vem crescendo os esforços de proteção aos animais africanos e aumentado o policiamento de reservas demarcadas.
    Exemplos de alguns animais da Africa: Elefante-africano, Girafa, Leão, Rinoceronte, Zebras, Hipopótamo, Leopardo, Babuínos, Gibões, Hienas, Chacal, Camelo , Búfalo-africano, Camaleão, Tarântula, Guepardo, Mabeco, Escorpiões , Flamingo, Impala, Gnu, Cabra-de-leque, Facóquero, Gorila, Avestruz .
Muito comum na África são os safáris. O que é isso?
   Safári é a denominação usual para expedições de caça na selva ou na savana africana. Um safári é uma expedição por terra em lugares selvagens, tipicamente as viagens de caça ou turismo pela África. Tradicionalmente o safári refere-se a caçada de animais selvagens pela savana africana ou selva, actualmente os safáris são jornadas para observação e fotografia da vida selvagem, como mamíferos carnívoros, primatas, ruminantes, roedores, passáros e répteis típicos da savana.
   A maioria das pessoas no ocidente acredita que o verdadeiro safári somente ocorre na África do Sul, Quênia e Tanzânia, e não no continente africano como um todo. Actualmente a palavra é usada na região como referência à observação a pé ou motorizada de animais selvagens.
Curiosidades:
Girafas - O mais alto dos animais, a girafa atinge normalmente 5,5 m de altura. É nativa da África e vive em bandos, principalmente nas savanas. Existem nove sub-espécies que podem ser encontradas desde o Chade até a África do Sul.
Elefantes africanos -  Costumam andar em bandos, sempre protegendo os filhotes.


Leopardo - é um dos grandes felinos que habitam as savanas africanas. Podem chegar a mais de 2 metros de comprimento (excluindo a cauda) e pesar até 90kg. Um animal solitário que costuma caçar à noite e passar o dia em cima de árvores.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Safari


Guepardo - move-se na savana africana em busca de caça. Também conhecido como chita, é o mais veloz animal terrestre, podendo alcançar mais de 100 km/h.
Hipopótamos - É um anfíbio africano e o segundo maior animal terrestre, depois do elefante.
Leões africanos - Seu principal habitat atual são as savanas africanas, principalmente no Kenya e na Tanzânia. Hoje, fora da África, apenas a Índia ainda possui leões em seu habitat natural, no santuário da floresta de Gir. Há dez mil anos, entretanto, os leões habitaram vastas regiões da África, Europa e Ásia.