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Tudo sobre a história do continente Africano, seus aspectos gerais e curiosidades.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O berço da humanidade


O continente africano, palco exclusivo dos processos interligados de humanização e de sapienização, é o único lugar do mundo onde se encontram, em perfeita seqüência geológica, todos os indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais hominídeos. A humanidade, antiga e moderna, desenvolveu-se primeiro na África e logo, progressivamente foi povoando o planeta inteiro.
Hoje sabemos que há quase dois milhões de anos, o Homo erectus, hominídeo autor de importantes avanços na manufatura de implementos como o machado, saiu da África em ondas migratórias rumo à Ásia e à Europa, assim iniciando o povoamento do mundo.
O homem moderno (Homo sapiens sapiens) também evoluiu na África e de lá saiu, há mais ou menos 150 mil anos, em uma segunda fase de ondas migratórias através da Eurásia. Ao espalharem-se pela Eurásia, os humanos que saíram do continente africano deram início a um processo de intercâmbios genéticos o qual não cessou até hoje.
A África, ao contrário do que se imagina por falta de informações, tem sido palco de alguns dos maiores avanços tecnológico da história: seja na prática agrícola, na criação de gado, na mineração, na arquitetura e na engenharia, com construções de grandes centros urbanos, e ainda na sofisticação da organização política, na prática da medicina e no avanço do conhecimento e da reflexão intelectual.
E a imagem que temos da África é a de um continente sem história. Sabemos hoje que os povos africanos já navegavam os mares à procura da rota para as índias milênios antes das caravelas portuguesas e espanholas.


História da colonização da África Antiga

A colonização fenícia

A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre os séculos X e V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África. Uma das colónias fenícias mais importantes desta região foi Cartago.

A colonização grega

 FAROL DE ALEXANDRIA

A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de expansão, formando colônias em várias regiões, como Sicília e sul da Itália, no sul da França, na costa da Península Ibérica, no norte de África, principalmente no Egito, e nas costas do mar Negro. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaramn novas cidades (ex: Alexandria).

A colonização romana

Em 146 a.C. Cartago foi destruída por Roma no que se pode considerar a implantação daquele império no Norte de África. O Império Romano dominou toda a África Mediterrânica, ou seja, a parte do norte da África que rodeia o Mar Mediterrâneo.

A colonização bizantina

No seu apogeu, no século VI, o Império Bizantino dominou todo o norte de África, desde o Egito a Marrocos.

África na Idade Média


A colonização árabe

A colonização dos árabes ocorreu durante os séculos VIII e IX e abrangeu todas as terras que são o atual Deserto do Saara e grande parte da África Ocidental e a zona costeira da África Oriental.
Com o avanço dos árabes, que seguiam o Islamismo, na época uma religião relativamente nova, a África foi sendo dominada e aos poucos entrando para os domínios do Império Árabe. Dessa forma ou "mouros" também chegavam mais perto da Europa, tendo inclusive dominado áreas da Europa como a Península Ibérica. O avanço dos árabes colaborou ainda mais com a ruralização e descentralização do poder na Europa. Os mouros só pararam de avançar na Batalha de Potiers, território do famoso Carlos Magno. 

Omã

Durante o século XVIII o Omã estabeleceu várias colónias ultramarinas, dentre as quais estão o Baluchistão (atual Paquistão), as Comores, Moçambique, Madagascar, Tanzania (a ilha de Zanzibar foi capital de Omã entre 1841 e 1890 e a cidade de Dar es Salaam foi fundada pelo sultão de Zanzibar), a costa da Somália e alguns territórios na Índia. Porém, com o declínio do sultanato, tais colónias foram perdidas quando, em 1891 o sultanato vira protetorado britânico.

África pré-colonial

A grande maioria da mão-de-obra escrava das colônias na Ámerica foi trazida de regiões da África Subsaariana. Compreendendo uma extensão que vai do Senegal até a Angola, diversas populações subsaarianas se fixaram ao longo das regiões de savana formando diferentes culturas.

De forma geral, a economia se organizava em torno da posse coletiva das terras. Um chefe tribal ordenava a distribuição de lotes de terra mediante o pagamento de uma determinada tributação. A divisão de tarefas no trabalho agrícola contava com a participação de homens e mulheres. A prática da escravidão nessas culturas contava com uma complexa organização.

Os escravos mais prestigiados eram utilizados para os combates militares entre as tribos rivais. Outra parcela de escravos trabalhava junto aos camponeses e acabavam sendo incorporados ao ambiente familiar.

As práticas religiosas destas tribos africanas contavam com uma concepção que regiam a relação dos indivíduos com a natureza. Em outras culturas, animais eram compreendidos como representantes de determinadas virtudes e características.

 

A partir do processo de expansão marítima empreendido pelas nações européias e o desenvolvimento do tráfico negreiro, diversas dessas culturas foram profundamente transformadas


A colonização da África

Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e com a ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.
Processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente africano por potências européias. Tem início no século XV e estende-se até a metade do século XX. Ligada à expansão marítima européia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.

No século XIV, exploradores europeus chegaram à África. Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus foram capazes de capturar milhões de africanos e de exportá-los para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, as potências européias começaram uma "corrida à África" e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas colônias.

A partir de 1880 para evitar conflitos entre as potências imperialistas européias ocorreu a "partilha da África" na Conferência de Berlim. Foi um processo desigual que implicou no predomínio dos ingleses, franceses e outras potências européias sobre novas áreas conquistadas. Nesta partilha os colonizadores buscaram deixar tribos rivais em mesmo território para não haver união entre os povos, assim facilitando o trabalho de controle das colônias, infelizmente hoje muitos conflitos ocorrem por causa disto. Os únicos países africanos que não foram colônias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América.

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